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segunda-feira, 7 de março de 2011

King Kong


Depois de estourar com a adaptação de “O Senhor dos Anéis” para cinema, o diretor Peter Jackson usou sua nova fama para refilmar um dos seus clássicos favoritos: “King Kong”. Em uma parceria muito próxima com o criador de Rayman e Beyond Good and Evil, ele fez questão de acompanhar de perto a produção do game oficial – algo que fica bastante claro para quem joga, tanto pelas qualidades quanto pelos defeitos.
Jogadores revivem boa parte do filme tanto na pele do roteirista Jack Driscoll quanto do gigante King Kong em suas aventuras em uma ilha perdida e no coração de Nova York do começo do século 20. Enquanto a maior parte acontece na perspectiva humana – e primeira pessoa – cerca de um quarto da aventura permite que você lute contra monstros gigantes, máquinas e proteja a garota na pele do inocente mas poderoso Kong – desta vez em terceira pessoa, seguindo rotas lineares sem muito espaço para improvisação.
O ponto mais forte do game está claramente em sua produção: ao estúdio de Montpellier encabeçado por Michel Ancel claramente gastou boa parte do tempo recriando a atmosfera de Skull Island, adaptando a trilha sonora cativante e implementando impressionantes efeitos sonoros para colocar você dentro do filme. Muitas das fases do game emprestam uma técnica famosa de Half-Life: imitar os passeios de parques temáticos norte-americanos para imergir o jogador na experiência.
A versão interativa de King Kong mostra sinais claros de que a equipe teve acesso a muitos recursos da produção cinematográfica, mas pouco tempo para realizar sua visão – e talvez muita influência de um diretor que está mais acostumado a mexer com fotômetros e câmeras do que mouses e compiladores. Antes de mais nada, é importante ressaltar que o game é extremamente fácil e curto, podendo ser vencido em menos de seis horas. Mas isso é só o começo dos problemas.
Em uma clara exibição de exagero de Jackson, o game não traz nenhuma interface – todas as informações como quantidade de munição e energia são transmitidas através de falas dos personagens, música e filtros coloridos (a tela fica vermelha quando você está quase morrendo). É verdade que isso apenas reforça a qualidade de imersão de King Kong… mas também nivela o desafio e variedade do game por baixo. A mira é quase totalmente automática: atire uma lança vagamente na direção do monstro e você tem uma boa chance de acertá-lo, por exemplo.
A força do game aparece nas situações criativas em que ele escapa da norma: você não está apenas caçando munição e matando tudo no caminho. Como é preciso proteger diversos membros da equipe de produção em condições adversas, você é forçado a criar táticas indiretas para resolver os quebra-cabeças constantes do game. Levando em conta que os demais personagens controlados pelo computador são bastante carismáticos, isso deve empolgar principalmente quem normalmente não joga videogames. Mas quando você percebe que virtualmente todos os desafios são uma variação de uns quatro temas (sendo que um deles está claramente explicado no manual), o game perde boa parte de seu impacto – as situações de Half-Life eram legais por parecem naturais, ao contrário dessas que fazem você sentir estar em algo completamente ensaiado.
Outros pequenos detalhes ferem o produto final: falta de mais extras e incentivos para jogar novamente deixam claro que a produção foi corrida (como se o fato do vídeo de apresentação ser uma mera adaptação do trailer original do filme não entregasse isso de cara!), assim como problemas sérios na taxa de quadros nas fases finais da aventura.

Tamanho: 4.10 GB
Plataforma: PC

Torrent

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